35 3529.1300
Redes socias
Navegue por
Matéria postada em 25/11/2019
SCMP Alerta Funcionários e Pacientes Sobre o Risco da Automedicação
O uso indiscriminado de medicamentos é uma das principais preocupações da saúde pública, pois entre as consequências está o prolongamento de doenças e a resistência bacteriana.

Uma pratica faz parte da vida de muitos brasileiros: a automedicação. No entanto, recorrer aos medicamentos armazenados na famosa “farmacinha” sem antes consultar um médico é uma atitude errada e pode desencadear sérios problemas de saúde.


Pautados pela Semana Mundial de Uso Consciente de Antibióticos e visando alertar sobre possíveis riscos do uso indiscriminado dos antimicrobianos, funcionários da Santa Casa de Misericórdia de Passos promoveram uma ação especial nessa última sexta-feira, 22.


Ao chegar no hospital, logo na portaria de entrada, os colaboradores encontraram pessoas caracterizadas, que para chamar a atenção sobre o assunto entregaram panfletos explicativos sobre o uso racional de antimicrobianos.


O objetivo principal dessa ação inserida no Projeto Lean 2019, segundo foi sensibilizar os profissionais de saúde do hospital. “Resolvemos fazer hoje essa divulgação para garantir a participação de todos nessa durante essa semana mundial de alerta”, disse o farmacêutico e integrante da equipe responsável, Sidiney Vilela.


Sempre preocupado em oferecer o melhor aos seus colaboradores e pacientes, o provedor da Santa Casa de Passos, Dr. Vivaldo Soares Neto, revelou apoiar e incentivar sempre essas campanhas. “Precisamos ressaltar ao máximo essa questão para que, cada vez mais, as prescrições sejam realizadas conscientemente. Nos atentamos ao assunto, enfatizamos diariamente aos nossos médicos para que isso seja compartilhado durante os atendimentos também, afinal, nada mais importante que a saúde e qualidade de vida dos nossos pacientes”, pontuou.


Conforme esclarecido pela médica infectologista, Luciana Helena Silva, o uso irracional de antimicrobianos é quando o medicamento é utilizado na hora errada, para a doença errada e na dose errada. “Tudo isso desencadeia reações adversas, que podem comprometer outros órgãos, principalmente o rim, porque surgem complicações fora daquilo que já está tratando”, disse.


Consequências do uso irracional


Em relatório publicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), pesquisas mostram que mais de 10% das internações hospitalares em todo o mundo são originadas a partir do uso irracional de medicamentos. Os dados apontam ainda que 50% dos medicamentos são prescritos incorretamente e mais de 50% dos pacientes tomam da maneira errada.


Diante desse cenário, muitas vezes, o tempo de internação hospitalar necessário para tratar determinada doença, aumenta, assim como as taxas de mortalidade, os tratamentos terapêuticos e preventivos tornam-se ineficazes e, em contrapartida, quando utilizados devidamente, esses medicamentos oferecem segurança, garantem longevidade e qualidade de vida.


Em um ambiente hospitalar, segundo a médica infectologista entrevistada, é comum ocorrer uma proliferação de bactérias multirresistentes devido à baixa imunidade das pessoas, pois são desenvolvidos mecanismos de resistência. “Sei que, em alguns casos, é muito difícil conseguir médico em tempo hábil e é desconfortável esperar por horas, mas é preciso lembrar que 90% das infecções são virais”, acrescentou.


O que fazer


Entre aguardar para ser atendido em uma unidade hospitalar e recorrer aos medicamentos já conhecidos, muita gente opta pela segunda alternativa. Porém, ainda que seja desconfortável esperar alguns minutos para receber atendimento, Luciana garantiu que essa é a opção mais viável.
“Nem toda febre significa que é necessário um antibiótico, assim como nem toda dor de garganta ou de barriga. As principais bactérias que temos hoje são do nosso próprio organismo, principalmente intestinais e assim, quando o uso é indiscriminado, essas bactérias deixam de ser benéficas e passam a ser infeccionais, podendo até mesmo matar”, alertou.


Outra questão importante, de acordo com a especialista, é o cuidado no momento de comprar e administrar as medicações, afinal, ainda que os antibióticos sejam produtos controlados e só vendidos com receita médica, alguns não se atentam a isso. “Um ou outro dá um jeitinho de comprar errado ou então, por exemplo, se a cartela possui 14 cápsulas e o médico recomendou as 14, se a pessoa se sente bem ao fim de 10 unidades, ela guarda o restante e reutiliza quando outro sintoma surge, isso é errado e perigoso”, finalizou. 

25/11/2019
0 / 4

SCMP Alerta Funcionários e Pacientes Sobre o Risco da Automedicação

  • Santa Casa © 2016 . Todos os direitos reservados