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Matéria postada em 17/11/2019
SCMP Visa Reduzir Taxas de Morbidade de Bebês Prematuros
Os bebês prematuros atendidos pelo hospital continuam acompanhados até completarem dois anos ou mais em determinados casos.

Ao descobrir uma gravidez, tudo o que os pais desejam é garantir saúde e qualidade de vida aos seus sonhados filhos. No entanto, algumas questões ainda podem tirar o sono dos novos papais quando não há o conhecimento correto.


Um exemplo dessa situação é o cenário que acomete os bebês prematuros e seus familiares. Entre tantos conflitos e receios que um parto prematuro pode desencadear, o essencial é que a conscientização sobre o mesmo seja fomentada constantemente.


Cientes da relevância desse tema e pautados pelo chamado Novembro Roxo, mês escolhido para abordar essa causa, os profissionais da Santa Casa de Misericórdia de Passos fizeram questão de decorar os corredores e quartos da UTI Neonatal de uma maneira diferente.


Entre os enfeites elaborados na cor roxa, a enfermeira e coordenadora do setor, Grazieli Chagas, ressaltou que as ações não ficam restritas ao mês de novembro, afinal, é preciso que essa temática seja pautada durante o ano todo. “Atendemos bebês prematuros que pesam 700 gramas e sabemos da importância de trabalhar norteados pela humanização”, disse.


Além de todo cuidado e atenção para os pequenos, a equipe do hospital passense direciona tratamentos e serviços também aos pais das crianças, pessoas indispensáveis para amenizar possíveis consequências.


“Como atendemos pessoas de toda a região, precisamos oferecer o máximo. Muitas mães chegam até nós encaminhadas pelo PROMAI e então, caso já tenham detectado algum risco de parto prematuro, o acompanhamento está em dia; mas, há outros casos em que não temos como fazer esse trabalho de prevenção e então só fazemos depois”, contou.


Uma das opções disponíveis é a conhecida Casa da Gestante, que oferece toda a estrutura de uma casa domiciliar para as mães que necessitam. Outro importante serviço prestado é o livre acesso dado aos pais, conquista que só foi possível após o Ministério da Saúde reconhecer a Santa Casa como Hospital Amigo da Criança, em 2003.


Redução da mortalidade e morbidade


Guiados por protocolos, a responsável revelou que todo o quadro de funcionários trabalha a fim de reduzir as taxas de mortalidade e morbidade. “Temos dados estatísticos que comprovam como já melhorou nossa mortalidade e estamos lutando para o mesmo com a parte de morbidade porque não é só dar alta e mandar a criança para casa, é como estamos dando alta, como devolvemos essa criança para a sociedade e qual será a qualidade de vida que ela terá”, esclareceu.


E para que os números possam cair cada vez mais, Grazieli garantiu que o Banco de Leite é um instrumento indispensável, pois é com o líquido armazenado que o aleitamento precoce é realizado.
A entrevistada explicou que o leite materno é utilizado como uma medicação para o bebê prematuro e que, por meio dele, acontece a volta mais rápida para casa, o ganho de peso, a prevenção de infecções e o aumento do estímulo, por exemplo. Todas essas vantagens são alcançadas pelo trabalho nomeado de “Colostro terapia”, que nada mais é que gotículas de leite inseridas na cavidade oral do bebê já em sua primeira hora de vida.


Desde que iniciou seu trabalho no hospital, muitas histórias emocionantes marcaram a vida da enfermeira. E ainda que palavras não sejam encontradas ao tentar definir o que é a agitada rotina no UTI Neonatal, Grazieli confessou que mais que um serviço, sua função é uma doação.


“Trabalhar aqui é uma doação de vida. Todo mundo vem pra fazer o que gosta, não dá para trabalhar sem gostar. Levantamos todos os dias já pensando que estaremos aqui por alguém, as vezes, até deixamos os nossos filhos em casa para cuidar dos filhos dos outros, então tem que ser por dom mesmo. Mas a recompensa é muito grande, principalmente quando as mães voltam depois para vermos como o bebê está”, finalizou.


Método canguru


Quando comparado aos outros países, segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), o Brasil ocupa a 10 posição no ranking mundial da prematuridade. Já na classificação por estados, Minas Gerais apresenta a maior prevalência de prematuridade, registrando 12,9% de nascimentos antecipados.


Entre as categorias de prematuridade, ainda que a definição seja dada de acordo com a idade gestacional que o bebê nasceu, no geral, as características são semelhantes, como musculatura fraca, baixo peso, pouco reflexo de sucção e deglutição, pele fina, pouca atividade corporal, veias visíveis, pouca gordura, pouco cabelo e cabeça desproporcionalmente maior que o corpo.


No entanto, de acordo com a supervisora da unidade materno infantil da Santa Casa, Andréia Lima, trabalhar baseado nos direitos da criança é um diferencial capaz de melhorar os números.


“Assim como o leite materno, ou como chamamos ‘o sangue branco’, salva vidas, algumas iniciativas conseguem incentivar o contato pele a pele da mãe com a criança e aumentar o vínculo para que o aleitamento seja estimulado, como o método canguru e os direitos adquiridos que, inclusive, sabemos o retorno que apresentam”, acrescentou.  

17/11/2019
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SCMP Visa Reduzir Taxas de Morbidade de Bebês Prematuros

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